Não há coisa na vida inteiramente má.
Tu dizes que a verdade produz frutos...
Já viste as flores que a mentira dá?
Mário Quintana
Um instrumento voltado para o exercício da expressão e da divulgação de idéias, imagens, poesias, textos, lugares, e de todas as coisas que, de um modo ou de outro, possam contribuir para o conhecimento e o aprimoramento do ser humano, reduzindo, dessa forma, a distância que separa os homens em virtude da desigualdade no acesso à informação, à cultura e ao conhecimento.



Gosto especialmente desta foto, com meu pai segurando a Babi, minha filha, no início de 1993. Meu pai, o Sr. Adolfo, como era conhecido, nasceu em uma pequena cidade próxima a Stuttgart, na Alemanha, em 1922, e morreu em julho de 1995, aos 73 anos. Veio para o Brasil ainda bebê, com seus pais, a bordo de um navio trazendo imigrantes alemães que, como tantos outros imigrantes de outras nações, ajudaram a formar a história e a cultura deste país. O meu pai não teve instrução, pois teve uma vida muito dura desde a mais tenra infância, segundo ele contava. Entretanto, era dono de uma grande sabedoria e de muitos valores morais, os quais, eu acredito, foram passados através das gerações e foram recebendo as mais diversas influências, transformando-se em novos valores, porém mantendo os seus traços originais. Ao meu pai, onde quer que se encontre, receba o meu afeto e o meu carinho. Com saudades.
Essa é a minha mãe, a Laura, ou Dna. Laura, como é conhecida em Itatiaia, cidade onde mora com a Betinha, minha irmã e sua cuidadora dedicada há quase 15 anos. Minha mãe completou 86 anos no dia 10 de março e, apesar de viver há treze anos com as sequelas de um AVC ocorrido em 1995, ela conserva a mesma alegria e o mesmo encantamento com a vida. Minha mãe é uma das milhares de idosas e idosos deste país cujas políticas públicas voltadas para a atenção ao idoso necessitam ser fortalecidas e implementadas, de modo a ampliar e garantir o bem-estar e a qualidade de vida de todos os que já participaram com sua vida e sua história, lutando e trabalhando por nós, os seus filhos. Se você tem um idoso ou idosa em casa, dê atenção e carinho, cuidado e amor. O tempo é inflexível, rígido, inexorável. Amanhã também seremos idosos.